Adriano AbreuTécnicos do Itep-RN não possuem estrutura necessária para realizar perícias. Falta, inclusive, pessoal
O baixo efetivo contribui para o acúmulo de material a ser periciado e a redução do descanso dos profissionais, cujas escalas de plantão estão na equação de 24 horas trabalhadas por 36 horas de descanso, quando o ideal seria 24 horas de trabalho e 72 horas de repouso. “A investigação é prejudicada por falta de investimento”, destacou Fabrício Fernandes. Ele comentou que o Laboratório de DNA orçado para o Itep/RN custaria R$ 300 mil aos cofres públicos. O projeto tem quase uma década de elaboração e, até hoje, não saiu do papel. O resultado é que, a cada três meses, os peritos especialistas em DNA no Estado precisam ir ao Instituto Médico Legal de Salvador para trabalhar no Laboratório de genética daquela unidade. “Isto atrasa muito a perícia”, enfatizou o coordenador.
Entretanto, para Fabrício Fernandes, as melhorias relacionadas à perícia técnica no Rio Grande do Norte dependem de uma série de fatores, dentre a substituição da atual sede do Itep/RN por uma mais ampla e moderna, com espaço suficiente para laboratórios, salas de necropsia e acondicionamento de material coletado em cenas de crimes.
Tribuna do Norte