Cunhada diz que vítima de magia negra no RN 'foi atraída para a morte'...


Corpo da comerciante Edilma Dantas foi desenterrado nesta terça (21).
Ela estava desaparecida desde 1º de abril; Três suspeitos estão presos.

Felipe Gibson Do G1 RN
Edilma Dantas estava sumida desde 3 abril passado (Foto: Arquivo da família)Edilma Dantas estava sumida desde 1º de abril
(Foto: Arquivo da família)
A comerciante Edilma Dantas de Souza, de 41 anos, morta durante um suposto ritual de magia negra, em Natal, foi levada até o local do crime por um amigo. Quem confirma é a cunhada da vítima, Leda Alves. "Era um amigo que fazia pintura e outros serviços na casa dela. Ele a atraiu para a morte", relata. O corpo de Edilma foi encontrado pela polícia nesta terça-feira (21), enterrado no quintal de uma casa no loteamento Jardim Progresso, na zona Norte da capital potiguar. Segundo a família, ela estava desaparecida desde o dia 1º de abril, quando saiu do bairro Nordeste, zona Oeste de Natal, para ir ao encontro do conhecido e não deu mais notícias. Três suspeitos foram presos.
 
Leda contou ao G1 que ainda havia esperança de encontrar Edilma viva. A comerciante trabalhava com um carrinho de churrascos. De acordo com a cunhada, o que mais chocou a família foi a maneira como Edilma foi assassinada. "O pior foi o jeito como tudo aconteceu. Dói imaginar o quanto ela foi torturada", lamenta. Antes de matar a vítima asfixiada, segundo o delegado Ben-Hur Medeiros, os suspeitos do crime a embriagaram e amarraram e tiraram a roupa dela. Depois, ainda jogaram sangue de bode no corpo dela.
Corpo de Edilma estava enterrado no quintal de uma casa no loteamento Jardim Progresso (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)Corpo de Edilma estava enterrado no
quintal de uma casa no loteamento
Jardim Progresso
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)

A cunhada da vítima disse também que família está arrasada com o crime. "Esperamos que a justiça seja feita. Vemos tantas histórias por aí em que o caso é esquecido e fica todo mundo solto". Leda acrescentou que o corpo de Edilma ainda não foi liberado pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). Por este motivo, o velório e o enterro da comerciante ainda não têm data para acontecer.
Entenda o caso
O delegado Ben-Hur de Medeiros, titular da Delegacia Especializada em Capturas (Decap) do Rio Grande do Norte, contou que a comerciante saiu da casa da mãe no dia 1º de abril. "Edilma saiu dizendo que iria se encontrar com um conhecido da família", confirmou.
Em 3 de abril, no entanto, o desaparecimento foi comunicado à delegacia, que deu início às investigações. "O irmão dela comunicou que a vítima foi levada por um conhecido até uma casa que funcionava como terreiro com o objetivo de fazer um 'trabalho' para aproximar uma pessoa dela", detalhou o delegado.
Ainda de acordo com Ben-Hur, ao chegar na casa, os suspeitos deram bebida à vítima e a amarraram em seguida. "Então tiraram a roupa de Edilma, mataram um bode e jogaram o sangue do animal por cima do corpo dela. Depois a estrangularam até a morte", afirmou.
O corpo de Edilma foi enterrado no quintal da casa de um dos suspeitos. Após a informação do desaparecimento, o suspeito conhecido de Edilma foi intimado e prestou pelo menos quatro depoimentos na delegacia. "A partir de alguns detalhes descobrimos a participação dele no ritual em que mataram Edilma", explicou o delegado.
Um mandado de prisão temporária foi expedido e o suspeito foi detido. Além de confessar o crime, ele apontou a participação de outros dois homens. "O suspeito nos informou que o 'bruxo'  queria uma mulher solteira e sem filhos para realizar o ritual. Edilma se encaixava no perfil", explica Ben-Hur Cirino. O delegado pediu mais dois mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.
G1 RN
Postagem Anterior Próxima Postagem