Grupo de Cachoeira mantinha contato com integrantes da Câmara Legislativa ...


Publicação: 01/05/2012 11:58 Atualização: 01/05/2012 09:46

 
A Operação Monte Carlo chegou à Câmara Legislativa. Escutas telefônicas da Polícia Federal indicam que o 
deputado distrital Agaciel Maia (PTC), um dos nomes cotados para assumir o comando da Casa no segundo biênio da atual legislatura, mantinha uma relação com o empresário José Olímpio Queiroga Neto, preso desde 29 de fevereiro sob a acusação de manter casas de jogos no Entorno e de ser assessor do contraventor Carlinhos Cachoeira. Num dos diálogos flagrados em junho do ano passado, Agaciel conta que fez discurso em plenário contra os interesses de Olímpio, mas votou a favor de uma emenda parlamentar que o beneficiava. Em outro trecho, Olímpio diz a Agaciel não considerar conveniente a ideia de receber da Câmara Legislativa o título de cidadão honorário de Brasília que seria proposto pelo distrital.

De autoria do distrital Chico Vigilante (PT), o projeto de lei complementar em questão permite a instalação de postos de combustível em terrenos de supermercados. Em 15 de junho do ano passado, a matéria foi aprovada em primeiro turno com o voto de 13 deputados depois de muita controvérsia. Uma emenda proposta pelo deputado Raad Massouh (PPL), no entanto, invalidou o conteúdo do texto, ao permitir que apenas novos empreendimentos fossem autorizados a se instalar nessas áreas. A modificação do projeto recebeu o voto de 10 deputados, entre os quais Agaciel Maia. Até hoje, quase um ano depois, por conta de uma discussão jurídica sobre o quórum de votações, a proposição permanece parada na Casa. Num dos diálogos gravados pela PF, um interlocutor de Olímpio identificado como Ricardo Porto comenta com surpresa sobre possível voto de Agaciel a favor do projeto de Vigilante. A proposta do petista trombava com interesses comerciais de Olímpio.

Do Correio Braziliense
 
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